Desenhos, Arquivos e modelos
- Paulo Antonio Mercadante
- 9 de out. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de out. de 2018
A evolução das ferramentas de projeto ao longo da vida profissional deste que vos escreve.

Iniciado no desenho técnico na primeira metade dos anos setenta e formado ao final dos mesmos,me foi possível experimentar - e produzir, com diferentes processos de representação gráfica.
Nos primórdios...
O contraste entre a cadeira de Desenho de Arquitetura (professor Rolando Flores) e o estágio na Equipe Arquitetura, não dizia respeito apenas as convenções de desenho. O projeto em produção poderia ser desenhado a nanquim ou a lápis. Em papel vegetal ou manteiga. Evitar a lambança no desenho ralando borracha. Evitar as mão suadas que enrugavam o papel - os aparelhos de ar condicionado em um verão na avenida Rodrigues Alves nem sempre colaboravam. O primeiro contato com a caneta Graphos em outro escritório. A caneta 01 sempre entupida. Retira o embolo ou não? Colocar de volta sem destruí-lo demandava habilidade e firmeza...
A grande novidade...
Em 1983 começou a montagem do sistema CAD-CAM. Era um pequeno mainframe. Desenho Computadorizado e simulação dos processos de usinagem na fábrica Matriz da CBV Indústria Mecânica S.A., em plena avenida Presidente Dutra. De início eram apenas quatro ou cinco estações ComputerVision, dotadas de monitores de fosforo verde com alta resolução, normalmente operadas por uns poucos escolhidos. O engenheiro Luiz Humberto (hoje um cliente e ótimo amigo), recém chegado de Salt Lake City, com inacreditável boa vontade, ministrava aos funcionários do departamento de projetos as noções básicas de construção de desenhos no horário de almoço dos operadores. O software de arquitetura custava aproximadamente sessenta mil dólares.
Muitos anos mais tarde, na primeira aula de Autocad, em um PC rodando DOS em disquete de 5 1/4", ainda desprovidos de disco rígido (posterioremente seriam conhecidos como Winchesters), descobri maravilhado, que os principais comandos eram rigorosamente iguais. Já sabia desenhar na primeira aula, para espanto do querido professor Nilson Bastos.
Incorporado o CAD como ferramenta de produção,a próxima mudança viria coma as versões 2.6 e a 10, capazes de representação tridimensional, baseadas em faces. Era o início da mudança.
A grande mudança....
Como toda ferramenta aberta, o Autocad deve seu sucesso as imensas possibilidades de customização. Acompanhar revistas especializadas que nos brindavam com rotinas de aumento de produtividade era um habito adquirido que se aos poucos permitia maior intimidade com o software. Por volta de dois mil e poucos, uma resenha do magazine Cadalist, abordou um novo software voltado a arquitetura disponível no mercado. Na reportagem, uma comparação com o Architectural Desktop da Autodesk, apontava as vantagens de sua interface intuitiva e do modelo de utilização, mais parecido com um aluguel do que uma compra.
Curioso consegui o download deste software, chamado Revit, segundo o fabricante junção de Revise Instantly.
Alguns anos mais tarde seria adotado pelo escritório para o desenvolvimento da maioria dos projetos.
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